Sem título.

Poeta, tu és hipócrita. Os dedos só fazem botar palavras em tua boca. Palavras de outrem, palavras de dicionários. Os sentimentos que cantas não batem em teu peito vazio. Mentes, poeta. Tu mentes. Mas que hei de fazer se minto feito tu? Vivo uma vida que não a minha. Afinal, que nos diferencia, poeta? Digo eu: tua mentira faz sorrir; a minha, faz morrer.