Quem escreve o poema
Quem cria a estória
Quem decifra a metáfora
Quem pensa a rima
Quem conta a sílaba
Quem vive a poesia
Não é,
Não há de ser
E nunca foi
O poeta,
Mas o leitor -
Autor de coração.
Mar de celofane.
Sem título.
Poeta, tu és hipócrita. Os dedos só fazem botar palavras em tua boca. Palavras de outrem, palavras de dicionários. Os sentimentos que cantas não batem em teu peito vazio. Mentes, poeta. Tu mentes. Mas que hei de fazer se minto feito tu? Vivo uma vida que não a minha. Afinal, que nos diferencia, poeta? Digo eu: tua mentira faz sorrir; a minha, faz morrer.
Despretensão.
Era um sexo puritano, virginal. Os corpos se roçavam e se esfregavam num vaivém celeste, num pudor casto. O suor d'um se misturava no d'outro, fazendo-se um licor doce de paixão. Embebedavam-se. Unidos feito um, eram aquilo e aquilo só: o mais divino, puro, dócil amor.
Selvageria I, II e III.
A vida é o gosto na boca
de um café que se tomou ontem.
.
Verei se tiro um tempo
para regar minhas flores de plástico.
.
Trouxe na minha trouxa
os ares da cidade grande
e os mares do interior.
de um café que se tomou ontem.
.
Verei se tiro um tempo
para regar minhas flores de plástico.
.
Trouxe na minha trouxa
os ares da cidade grande
e os mares do interior.
Canto à terra alheia.
Nunca fui daqui
Nunca estive aqui
Meu corpo está em Jeri
Deitado na areia branca de lá
Minhas mãos lavam-se nas águas cristalinas
Da Praia de Fortaleza
Meus cabelos dão nós
Nas ondas do Francês
Deixei meu coração
À beira do Calçadão
Tudo o que eu queria
Era minha terra para cantar.
Nunca estive aqui
Meu corpo está em Jeri
Deitado na areia branca de lá
Minhas mãos lavam-se nas águas cristalinas
Da Praia de Fortaleza
Meus cabelos dão nós
Nas ondas do Francês
Deixei meu coração
À beira do Calçadão
Tudo o que eu queria
Era minha terra para cantar.
Devagarinho.
De pouquinho em pouquinho, a gente vai se amando. Uma vez por dia, duas, quem sabe? É tempo suficiente, não? No fundo, acho que assim que é bom amar: em doses homeopáticas.
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